A Participação nos Lucros e Resultados (PLR) é uma das ferramentas mais populares para engajar equipes e direcionar esforços, especialmente em startups e empresas inovadoras. Não à toa, já que os dados mostram que remuneração e reconhecimento são fatores importantes para o engajamento de colaboradores.
De acordo com uma pesquisa realizada pela Butterfly, 26% dos entrevistados disseram que gostariam de ser melhor remunerados e 10% queriam ser reconhecidos no ambiente de trabalho.
No entanto, a adoção do modelo PLR precisa ser bem estruturada e fazer parte de um todo para realmente impactar a motivação e a retenção de talentos.
Oferecer PLR faz parte de um conjunto mais amplo de ações que influenciam a retenção. Quando mal implementada, a estratégia pode ter o efeito contrário ao desejado, gerando descrença nos colaboradores e comprometendo a confiança na gestão.
DESAFIOS DA PLR: DEFINIÇÃO DE METAS E COMUNICAÇÃO CLARA
Para o especialista, a definição das metas é um dos principais desafios. O colaborador precisa se enxergar como um agente decisivo nos resultados da empresa.
Por isso, quanto mais as metas estiverem conectadas com a realidade do colaborador, mais ele verá o propósito de suas ações e se sentirá responsável pelos resultados.
Para isso, é essencial que elas sejam claras e factíveis.
A mensuração confiável dos resultados é outra questão essencial. Sem critérios claros, os programas de PLR podem ser vistos como injustos e gerar insatisfação entre a equipe. Um ponto crítico é a comunicação.
Manter todos cientes dos objetivos dos números atualizados periodicamente direciona iniciativas, reforça a confiança e transmite sensação de justiça na distribuição dos valores.
Além de metas factíveis e alinhamento de expectativas, o executivo destaca a adoção de critérios transparentes para uma PLR bem sucedida.
PLR:
ALINHAMENTO ESTRATÉGICO E MOTIVAÇÃO
Um dos grandes benefícios da PLR é o alinhamento estratégico entre os colaboradores e os objetivos da empresa. Esse modelo permite que as pessoas entendam claramente onde seus esforços devem ser direcionados, o que aumenta a produtividade e promove o espírito de colaboração. Para a empresa, a PLR funciona como um norte, guiando e alinhando os esforços para os resultados desejados. Já para o funcionário, ela oferece propósito, clareza de objetivos, complemento de remuneração e senso de pertencimento ao ver seu trabalho reconhecido.
No entanto, ele alerta que a PLR por si só não é suficiente para garantir a retenção. Não adianta oferecer uma PLR relevante se a empresa falha em outros aspectos, como cultura organizacional, comunicação, liderança eficaz e oportunidades de desenvolvimento. Inclusive, se a implementação for falha, com metas irreais, critérios mal definidos ou ambiente tóxico, o resultado será o contrário do esperado: descrença e desmotivação.
Ele também observa que a PLR não deve compensar salários abaixo do mercado e sim complementá-los de forma competitiva, funcionando como um atrativo para a realização e superação de resultados. Reforço que a PLR é uma ferramenta poderosa, mas que não funciona isoladamente.
As empresas precisam olhar para o todo: propósito claro, salário justo, ambiente saudável, liderança forte e oportunidades de desenvolvimento. Só assim conseguimos criar uma organização que respeita, engaja e retém seus colaboradores.